Es Muß sein. (Muß es sein?). Afirmativa ou interrogativa, esta expressão alemã é citada por Milan Kundera em seu livro (recomendadíssimo!) "A Insustentável Leveza do Ser" e se trata do último movimento do último quarteto de Beethoven. Segue a história:
"Um certo senhor Dembscher devia cinquenta florins a Beethoven, e o compositor, sempre falido, foi pedir-lhes. "Muß es sein?" (tem que ser assim?), suspirou o pobre Dembscher, ao que Beethoven replicou num tom jocoso: "Es muß sein!, tem de ser !", imediatamente anotou as palavras no seu caderninho e compôs a partir desse tema realista uma pequena peça a quatro vozes."
Porque escolhi este nome?
Por dois motivos: o primeiro é por causa da história da sinfonia composta por Ludwig Van Beethoven, grande ídolo do Alex De Large! Foi criada a partir do simples, de um acaso, de uma percepção apurada. Admiro muito isso.
O segundo motivo é pela expressão em si. O que tem que ser, mas porque que tem que ser? O que é fato consumado? O que pode ser questionado?
Exemplificaremos nas postagens seguintes. Sim, exemplificaremos. Que aqui seja um espaço democrático, de trocas, de feedback! Vamos imaginar juntos.
E que não falte música! um trecho de "Pra Manter ou Mudar" do Móveis Coloniais de Acaju, para ilustrar!:
"Tudo que irá existir
Tem uma porção de mim
Tudo que parece ser eu
É um bocado de alguém
Tudo que eu sei me diz do que sou
Tudo que eu sou também será seu."
Pra Manter ou Mudar. Encontrarão mais vezes este nome por aqui, e por aí! Num é?!
Sejam bem vindos, e um muitíssimo obrigado àqueles que me incentivaram a inaugurar este espaço!